TESTEMUNHO: SALVO PELA DOR

Sou policial militar reformado, tenho 52 anos, esposa, dois filhos e uma gratidão imensa ao Senhor Jesus por me alcançar, através de seu grande amor e misericórdia. Estudei cinco anos em colégio de padre, minha esposa e filha faziam parte do apostolado da oração, usava no pescoço uma fita vermelha com o retrato de uma santa. Minha esposa dizia, “Eu não deixo a minha Igreja Católica por nada”.

Nossa filha, Fernanda, foi estudar em Rio Branco e aceitou Jesus como seu Salvador. Lembro-me que quando íamos visitá-la, minha esposa, Miracélia, dizia: “Você aceitou! Mas, eu não deixo minha Igreja por nada”.

Numa dessa visitas, Fernanda teve um sangramento no nariz e minha esposa levou-a ao hospital, o médico conteve a hemorragia. No entanto, 8 horas depois, já em casa, outro vaso rompeu-se e a hemorragia tornou-se mais intensa. O desespero foi total.

Os médicos fizeram à cauterização e a entubaram. Ela ficou em observação por 24 horas. Quando tudo parecia controlado, outro rompimento mais intenso foi detectado, que a levou a UTI. Não havia explicação médica para o que acontecia com a nossa filha.

A situação agravou-se tanto que a médica que acompanhava o caso nos avisou da suspensão dos medicamentos em razão das veias romperem-se quando eles eram injetados e que sem se alimentar nem medicar dificilmente sobreviveria. Não nos deu esperanças.

Num ato de fé e desespero, minha esposa, de joelhos clamou a Deus, dizendo: “Oh! Senhor, diga o que tenho de fazer? Que eu faço, mas poupe a vida de minha filha, tua serva, me leva no lugar dela, ouve o meu clamor, sinta a minha dor,”

À noite, O nosso genro, Ulisses, nos convidou para irmos à Igreja onde ele e minha filha congregavam. Ouvindo a Palavra de Deus, veio o entendimento de que tudo o que estava acontecendo era o chamado de Deus, Ela usava a dor para nos tornar seus filhos. Naquela mesma noite, minha esposa aceitou Jesus Cristo, como seu único e suficiente salvador.

No outro dia, ao chegarmos ao hospital nossa filha tinha saído do coma. Em 24 horas os médicos tiraram os tubos. A Recuperação foi tal que os médicos ficaram admirados. Dois dias depois, tudo se normalizou.

Voltamos para Tarauacá e começamos a congregar na Igreja Evangélica. Recordo-me que o Pastor Raimundo Lobato ao ministrar a Palavra, parecia que a dirigia a mim. No final dos cultos, fazia o convite quem quisesse aceitar a Jesus como senhor de sua vida. Ele dizia que o momento era aquele, porque o amanhã não nos pertencia, e insistia, levante sua mão, não tenha vergonha, não tenha medo. Eu tinha vontade de levantar minha mão, mas tinha uma força maior do que eu, que dizia dentro de mim, tu vais desmoralizar a Deus, tu fumas, tu bebes, tu não esta preparado, e eu não levantava minha mão. Minha esposa, ao meu lado, me puxava dando sinal para eu levantar minha mão, mas eu também não a atendia.

E assim se passaram três meses nessa luta espiritual, mas no dia 26 de outubro de 2006, eu tenho certeza que Jesus me resgatou do império das trevas, e não tive, mas medo nem vergonha de abrir meu coração diante de tudo e de todos e aceitei Jesus como único e suficiente salvador de minha vida e me transformando em uma nova criatura, porque tudo se fez novo em minha vida. Amém!

Hoje, entendemos que muitas vezes Deus deixa que o mal aconteça em nossas vidas, para nos consertar e endireitar os nossos maus caminhos. Foi assim conosco...

Fernando Moura