sábado, 18 de dezembro de 2010

SACRÍFICIO

Na África, nos primórdios da obra missionária, certo evangelista vivia só, numa choupana que levantara com as próprias mãos. Os nativos daquela região mostravam hostilidade, e ele esperava um ataque a qualquer momento. Certa manhã, olhando pelas frestas do pau-a-pique, constatou que doze homens, em círculo, se aproximavam da choupana.

Vinham munidos de suas armas rústicas e se mostravam dispostos à violência. Num ímpeto, pegou o fuzil e verificou que estava carregado; poderia, com apenas doze balas, liquidar todos e manter-se vivo. Mas orou a Deus e chegou à conclusão de que, se matasse um daqueles nativos, nunca mais admitiriam missionário algum para pregar-lhes o evangelho. Pendurou a arma no gancho e esperou. De repente, veio o assalto. Algumas bordoadas, mais uns lançaços e o missionário rendia a alma a Deus.

Felizes com a facilidade do sucesso, aqueles homens passaram ao saque. Descobriram, então, a arma carregada e ficaram admirados: "Por que ele não atirou? Teria sido por causa da religião?" Dias depois, dois nativos daquela tribo procuraram a igreja cristã da cidade mais próxima, pedindo que lhes fosse enviado um novo missionário.

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