Já viu uma flor desabrochar? Percebeu como se forma? Um dia ela nasce pequena, ou melhor, nem é ela. Mas aí, uma semente deixa de ser semente pra ser uma coisinha verde quebrando cadeias, crescendo com a madrugada e agigantando-se a cada dia. E tão de repente acontece que nem notamos quando ela invade a nossa rotina, e torna-se parte de nossos planos. E a cultivamos com amor, entregando nosso tempo até que num nascer do Sol, ela deixa de ser projeto e torna-se parte da vida.
Quem nunca roubou uma flor? Mesmo em pensamento! Quem nunca sentiu o seu perfume, ou não desejou tê-la em suas mãos? Lembro-me de um girassol, muito lindo que minha mãe plantou. Ele era grande, muito grande. Todos o admiravam. Muitos queriam sua semente. Mas nunca vi um desses na vida, na casa, no jardim de quem buscou suas sementes.
Uma flor exige cuidado, carinho, amor... uma flor necessita de sentimentos. No entanto, o homem anda muito ocupado com grandes coisas, seu coração é altivo, sua mente almeja grandes projetos e enorme parcela de tempo é gasto na busca de coisas vãs.
A flor é meiga, mesmo quando seu ramo é coberto por grotescos e fortes espinhos, ela permanece singela como se tudo ao seu redor fosse calmaria e doce paz. Ou quando ela em um gesto de paz e amor se mistura com os restos mortais de quem amamos, não perde, nem por um minuto, suas características.
Ah! Se todos fôssemos flores, como o mundo teria um perfume agradável, como a vida teria outro formato. Mesmo quando o mal estive aqui, seríamos paz, amor a invadir os desertos dessa vida.
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