sábado, 28 de dezembro de 2013

AO APAGAR DAS LUZES

Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.Daniel 4.34

O espetáculo findou. O palco está em silêncio e o auditório vazio. O último sobrevivente está no final do corredor, olhando o cenário sem vida. A luz se apaga e a porta fecha-se no ranger triste. Lá fora, ainda é possível ouvir o som de palmas e  alegria.

O homem cansado volta para casa. No coração, a tranquilidade do dever cumprido. Ao cruzar a esquina, o pequeno sobrado surge. As luzes estavam apagadas e a casa silenciosa. Ao subir a escada, foi ao quarto do filho. A criança estava deitada no chão, segurava em uma das mãos uma folha de papel.

Pôs o filho na cama e viu o desenho de um pai brincando com seu filho num campo verde. Lembrou-se, então das promessas não cumpridas. O trabalho sempre ocupando todo o tempo. Mais uma vez a luz se apagou e a porta se fechou. Agora, ia para o quarto com o coração ferido. A alma levava a dor de não cuidar da família como devia.

Mais um ano caminha para o seu fim. O espetáculo no qual atuamos chega perto do seu fim. Nestes instantes finais, convém olhar para trás e relembrar onde falhamos, o que não fizemos. É preciso ter consciência de que os dias se passam e que cada um tem uma missão importante neste mundo. Que cabe a nós decidirmos o que realmente é importante. lembrando que algumas coisas precisam de prioriddes.

Fandermiler

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