segunda-feira, 11 de maio de 2020

ALGUÉM AJUDOU

"Porque aos Seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos." 

Salmo 91:11

O expresso de passageiros de Caraqui estava correndo a quase cem por hora na manhã de 21 de janeiro de 1954. Ao virar uma curva o maquinista viu o perigo, mas demasiado tarde para evitar o desastre. O expresso foi direto de encontro a uma composição transportadora do óleo que estava descarrilada à frente. Não levou muitos minutos e os carros esmagados estavam em chamas com uma centena de pessoas presas em seu interior.

O Pastor A. F. Jesson estava dormindo na parte superior do leito do terceiro carro a contar da cabine do maquinista, quando começou a tragédia.

E quando o esmagamento terminou, ele havia sido lançado para debaixo do seu beliche. Ele sentiu como se água estivesse correndo por cima dele. Era na verdade óleo diesel provindo da composição que causara o acidente. Então o Pastor Jesson agarrou-se ao seu beliche e conseguiu ver-se livre.

As chamas do óleo em combustão estavam já a uns dez metros de altura e o vento de inverno estava soprando essas chamas na direção do compartimento do Pastor Jesson. Foi aí que ele ouviu gritos de socorro. Um de seus companheiros de viagem ficou preso debaixo de um metro de ferragem retorcida.

Depois de procurar levantar pranchas muito pesadas, ele resolveu pedir ajuda. Um homem apareceu, mas os dois juntos ainda não conseguiram retirar o companheiro preso nos escombros. Nesta altura já havia fogo em seu carro, e o ajudante fugiu.

Não me deixe morrer! - gritava o homem preso nas ferragens.

O Pastor Jesson enviou um grito de socorro a Deus, e tratou de se curvar sobre o homem a fim de fazer mais uma tentativa.

Alguém me ajudou - o Pastor Jesson disse - e pudemos libertar o homem.
O Pastor Jesson olhou ao redor à procura do homem que o ajudara, mas não viu ninguém.

Embora estivessem agora cercados pelas chamas, sua roupa encharcada de óleo não pegou fogo. Mãos com mãos, ambos se afastaram do compartimento em chamas.

O senhor me salvou a vida - disse o homem agradecido.

Agradeça ao Senhor - o Pastor Jesson disse, olhando para trás ao trem abrasado - sem Seu auxílio não teríamos saído vivos.

Pedindo licença, o Pastor Jesson foi para trás de alguns cactos e ajoelhou agradecendo ao Senhor pelo livramento. Ele não somente estava vivo, mas não sofrera sequer um arranhão em parte alguma do corpo.

Youth´s Instructor, 4 de maio de 1954, pág. 5.

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