Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.
Sl. 90.12
Quando criança, sempre passava algumas semanas das férias na fazenda de meus avós, e participava ativamente, por alguns dias, da vida no campo, acordar cedo, tirar leite, dar de comer as aves, aos porcos, mas o que me chamava mais a atenção era a agricultura.
O homem limpa o solo, lança as pequenas sementes, cuida com carinho dos vegetaizinhos, e só depois de algum tempo, vai colher os preciosos frutos de seu penoso trabalho.
É interessante como na vida nada é de graça. Tudo tem o seu preço e o seu tempo. O que o salmista pediu ao Senhor foi ser capaz de suporta a dor da caminhada, os espinhos do percurso, a poeira da estrada. A ter paciência mesmo que tudo diga não, que toda a realidade pareça cruel e insensível demais para com ele.
Um coração sábio é muito difícil nos dias de hoje. Temos presa, temos urgência, temos desejos, almejamos aqui e agora. Mas o salmista não queria se precipitar nas suas escolhas e se afastar do que realmente era importante. Por isso, clamava ao Pai que lhe sossegasse o coração, acomodando-o na sabedoria.
Assim como na agricultura o homem precisa ter paciência para aguardar o fruto maduro, na vida precisamos de um coração sábio para tirar proveito de cada momento sem ser enfeitiçado pela dor, atormentado pela tragédia e iludido pela cobiça.
Roguemos ao Pai que nos ajude a ter um coração sábio, capaz de ver com clareza o que está ao nosso redor, identificando o mal e o bem que há no mundo. Ao mesmo tempo, que seja capaz de esquadrilhar o que há dentro de nós, levando-nos a corrigir nossos caminhos e pensamentos e, assim, conduzir-nos em direção à felicidade.
Fandermiler Freitas
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