quinta-feira, 17 de outubro de 2024

TÃO AMARGO QUANTO UM ESCORPIÃO-VINAGRE

E, logo, um deles correu a buscar uma esponja, e tendo-a embebido de vinagre e colocado na ponta de um caniço, deu-Lhe a beber

Mateus 27:48.

A simples aproximação de um escorpião-vinagre (a espécie Typopeltis crucifer da imagem, por exemplo) é de dar medo, mas ele é inofensivo. É diferente dos demais escorpiões em vários aspectos. A cauda, por exemplo, é muito fina.

Como todo aracnídeo, o escorpião-vinagre tem oito pernas. As duas primeiras são grandes e magras, cobertas de pêlos sensíveis. São usadas apenas para sentir o caminho, achar água e comida. Essa é a sua compensação, pois enxerga muito mal. É à noite que ele sai para caçar insetos. Diferente de seus parentes que injetam veneno, o vinagre usa apenas a força de suas quelíceras para nocautear suas vítimas.

Quando se sente acuado por uma ave ou um lagarto, o escorpião-vinagre foge imediatamente ou usa a única arma que tem: levanta o abdômen e atira um spray de ácido na cara do agressor. Num laboratório, um deles, a meio metro de distância, conseguiu acertar um jato no rosto de um cientista. O homem disse que sentiu sufocamento, ardência na pele e irritação nos olhos. A composição do spray desse escorpião é uma mistura de ácido acético e de ácido caprílico. Este último está presente em nosso suor e no leite de cabra. Já o ácido acético é obtido por fermentação e é à base do vinagre, um produto muito irritante, usado como condimento.

A Bíblia se refere ao vinagre sempre de forma negativa. O que se alegra junto a uma pessoa aflita arde como vinagre sobre feridas (Provérbios 25:20). Mandar um preguiçoso trabalhar é como passar vinagre nos dentes (Provérbios 10:26). O Salmo 69 diz que deram fel e vinagre a Jesus.

O Salvador foi tratado com açoites, escárnio, fel e vinagre, uma mistura ardente que O colocou à prova. Mas Ele venceu e tomou sozinho o cálice da dor, para nos dar a beber, não vinagre, mas a água que Ele tinha direito de tomar em Sua sede, a água do Rio da Vida.

Retirado de: http://www.scb.org.br/inspiracao/naturezaviva/2k20820.asp

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