Sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.
Rom. 1:14
Uma tarde, numa espessa tempestade de neve, meu carro encalhou num sulco no gelo, em um monte. Procurei dar bastante atração para movê-lo adiante, um pouco que fosse, mas foi debalde. Deslizei para os lados e comecei a patinhar para dentro de uma linha de carros que vinham. Motoristas impacientes atrás de mim puseram-se a buzinar. O que eu poderia eu fazer? Embaraçado e transpirando de nervosismo, tentei novamente, em vão ir para diante. Nada!
Justamente aí dois robustos jovens se adiantaram para me empurrar. Com seu auxílio, galguei pouco a pouco o morro, e consegui impulso suficiente para continuar avante. Voltei-me para agradecer meus benfeitores, porém eles já estavam ajudando um carro encalhado atrás de mim. Cheio de gratidão por sua bondade, tomei comigo mesmo o compromisso de pagar, na primeira oportunidade meu débito, ajudando alguém em apuro.
Não tive de esperar muito. Uma ou duas noites depois, cheguei a um motorista procurando freneticamente tirar o carro da profunda neve que havia junto ao meio fio. Um ancião o tentava empurrar, mas o esforço parecia baldado.
– Precisas de auxílio? – gritei.
– Por favor – rogou. – Estou apenas a uns 30 centímetros de terra enxuta.
E esforçou-se, enquanto o ancião empurrava numa roda, e eu na outra. Depois de três monumentais arrancadas, estava livre. Enquanto se ia afastando, gritou: "Muito obrigado. Muitíssimo obrigado!" Mas eu não precisava de receber agradecimentos. Estava simplesmente pagando uma dívida que contraíra ao receber idêntico favor dias antes.
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