"Ele imaginara que, por uma coincidência, o pai estivesse a olhar pela janela, e quando o visse aproximar-se de casa, correria ao seu encontro; contudo, ninguém apareceu.
Chegou, afinal, à porta da frente. Bateu, mas ninguém respondeu. Ouvindo um ruído no interior da residência, bateu outra vez e com mais vigor. Após longa espera e novas batidas, percebeu que se movia a fechadura da porta, que se abriu finalmente. Surgiu então o pai, espiando através da brecha.
"Pai", exclamou o rapaz, "é seu filho. Terrível foi a messe que colhi. Estou atemorizado. Reconheço que a culpa é toda minha mas, sinceramente, quero pedir perdão, uma vez que o senhor tão somente me deixe voltar. Receber-me-á o senhor? Apenas como um de seus servos?"
O pai olhava-o como a um estranho. "Meu filho? Tenho unicamente um filho, e este está em casa comigo."
E, enquanto se afastava, o filho ouvia atrás de si sons de música e de vozes como se a sua triste condição e rejeição causassem júbilo aos demais.
Não foi assim, porém, que aconteceu segundo as páginas do Evangelho. O bom pai, diz a Bíblia, perdoou o filho pródigo e o recebeu com alegria, da mesma forma que o Pai celeste o faz a todos quantos, se arrependendo, o buscam.
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