Esta é a queixa de muitos, ainda que seja apenas no recôndito de seus pensamentos.
E ela pode ser vista até mesmo, temporariamente, em dados momentos da vida dos santos mais eminentes, quando submetidos a circunstâncias destinadas a provar a sua fé.
Todavia, esta queixa é uma constante naqueles que não amam a Deus, quando as coisas não caminham na direção que eles desejavam.
Apressadamente concluem: “posso comprovar isto pelas minhas presentes condições de vida.”
“Por acaso é ser amado e assistido por Deus quando se vive na pobreza em que tenho vivido?”
“Quando não se tem as qualificações, dons e habilidades que tantas pessoas possuem e que lhes faz pessoas prósperas neste mundo?”
“Por acaso é ser amado com esta enfermidade que carrego por anos sucessivos?”
A esta lista de argumentos, muitos outros poderiam ser acrescentados, mas estes poucos nos bastam para ilustrarem o ponto que pretendemos enfocar.
Nesta noite de 10-05-2015 tive um sonho muito revelador no qual vi pessoas que tinham profissões que não demandavam qualificações empreendedoras, e nem mesmo capacitação para resolver situações desafiadoras, uma vez que não teriam a mínima possibilidade de atender a tais requisitos. Caso fossem necessários, certamente não permaneceriam empregadas.
Então ouvi uma voz que dizia alto e bom som: “Nisto se comprova o amor e cuidado divino para com tais pessoas.”
E isto se aplicava também aos que eram qualificados para tais desempenhos, pois se não fosse pelos dons e capacitações recebidas de Deus, jamais poderiam cumprir as funções para as quais foram designadas a desempenhar neste mundo.
Assim, soa muito estranha ao ouvido divino a queixa de que não somos amados por Ele em razão de não sermos habilitados, ou prósperos em bens, terrenos, etc.
A declaração de Jesus relativa à viúva pobre destaca muito mais o Seu amor e cuidado por ela, do que propriamente um elogio ao fato de ter ofertado do modo que é esperado por Deus.
Por acaso esta única passagem das Escrituras não é bastante suficiente para exemplificar o amor de Deus pelos que são pobres neste mundo?
E quanto ao que se queixa de sua enfermidade prolongada... este não possui um grande motivo para louvar a graça divina que o mantêm em vida?
Não lhe é dada a oportunidade de aumentar o seu galardão pelo testemunho de uma boa consciência para com Deus, e de paciência na tribulação?
Não podemos medir de fato o tamanho do amor e cuidado de Deus por nós, pela régua curta e estreita da nossa razão natural, quanto àquilo que somos ou que possamos fazer, uma vez que é Ele que a tudo e a todos governa, e dá a cada um segundo a medida da sua própria capacidade.
Contentemo-nos portanto com a porção que Ele nos tem designado neste mundo, e exaltemos em todas as circunstâncias, o Seu grande, amoroso e poderoso Nome.
Silvio Dutra
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