quinta-feira, 26 de novembro de 2020

AGRADECENDO A DEUS

Exalte o Senhor, ó Jerusalém! Louve o seu Deus, ó Sião. (Salmos 147.12)

Nós devíamos nos envergonhar de sermos tão preguiçosos a ponto de precisarmos ser estimulados a louvar a Deus ou ser acordados para fazê-lo, como se estivéssemos dormindo. Recebemos chuvas de bênçãos todos os dias e estamos sempre usando o que Deus nos dá. Por que precisamos ser lembrados continuamente sobre as coisas maravilhosas que Deus faz por nós? Devíamos ter a capacidade de nos lembrar de agradecê-lo sem os lembretes dos Salmos. Os presentes de Deus, por si só, deviam nos estimular a louvá-lo. Mas isso não acontece. Precisamos que alguém grite conosco antes de começarmos a louvar ao Senhor. As palavras precisam ser escritas para nós e dadas de mão beijada, como esse salmo faz.

Mais chocante ainda é que aquele que nos dá todas essas bênçãos precisa ser apontado para nós. Jerusalém precisa ser advertida: “Exalte o Senhor”, e Sião precisa ouvir: “Vá em frente e louve ao seu Deus”. Todos nós usamos as bênçãos do Senhor todos os dias, mas nunca pensamos na origem delas – Deus. Ele é quem nos dá tudo. Em vez disso, aceitamos seus presentes como se eles simplesmente aparecessem do nada ou como se nós os tivéssemos obtido por meio dos nossos próprios esforços, diligência ou sabedoria. Pensamos que Deus, de alguma maneira, nos deve essas coisas, e, portanto, não precisamos agradecer a ele. Nem mesmo os animais vivem tão vergonhosamente. Os porcos reconhecem a pessoa que lhes dão seu alimento. Eles correm atrás dela e choram. Mas o mundo nem mesmo reconhece a Deus, muito menos o agradece e o louva por essas bênçãos. Se até o povo de Deus deve ser encorajado a louvá-lo, como podemos esperar que o mundo faça melhor? É espantoso ver quão relutantes as pessoas são em reconhecer o que Deus tem feito por elas e louvá-lo por isso.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

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