Durante o tempo em que pastoreei uma comunidade rural, Deus me concedeu uma experiência que mudou minha vida de oração para sempre. Atendi o telefone certa tarde e reconheci a voz desesperada e tensa de certo fazendeiro que tinha avistado nuvens negras se aproximando de sua fazenda. A previsão da meteorologia não era de chuva e aquele fazendeiro tinha vários alqueires de feno recém cortado nos campos ainda sendo transportados para o celeiro. Uma chuva inesperada é um tormento para fazendeiros, pois causa a deterioração do feno e o torna praticamente inútil.
Aquele homem me disse que seu filho estava levando um caminhão para a cidade.
Trabalhadores migrantes à procura de trabalho temporário podiam ser encontrados em determinado local daquela cidade. Os caminhões geralmente passavam cedo de manhã para levar os trabalhadores escolhidos, em número adequado, para o trabalho nos campos.
Mas como já era tarde, ele temia que os trabalhadores excedentes tivessem desistido de esperar e ido embora.
Jamais me esquecerei do desespero na voz deste fazendeiro, que era um crente fiel. “Por favor, ore para que haja trabalhadores na cidade em número suficiente para me ajudar a remover todo o feno dos campos antes que caia a chuva”, ele pediu.
O motivo do pedido de oração não era pelo feno. O feno já estava lá. Ele não pediu que eu orasse para não chover. Ele queria poder encontrar trabalhadores confiáveis para fazer o que tinha que ser feito.
Quando oro pelas almas perdidas, muitas vezes ouço a voz daquele fazendeiro clamando por trabalhadores em número suficiente. Ao mesmo tempo, ouço a voz de Jesus nos pedindo que oremos por pessoas que queiram levar as boas novas aos perdidos.
“A oração do justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5:16).
William Fay e Ralph Hodge - Como Evangelizar Sem Medo
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