domingo, 8 de maio de 2016

O VELHO SUETER

Em meu guarda-roupa há um suéter que raramente uso. Está muito pequeno. As mangas estão muito curtas e os ombros muito apertados. Faltam alguns botões e o tecido está esfarrapado. Eu devia jogá-lo fora. Não há razão de conservá-lo. Eu nunca o usarei novamente. A lógica que eu devia desocupar o lugar e me livrar deste suéter.

Isso é o que a lógica diz.

Mas o amor não me permite jogá-lo fora.

Algo peculiar sobre este suéter me faz conservá-lo. O que há de especial nele? Em primeiro lugar, não há nele nenhuma etiqueta. Em nenhum lugar se diz que foi feito na Tailândia, ou que deve ser lavado em água fria. Ele não tem etiqueta porque não foi feito numa fábrica. Não tem etiqueta porque não foi feito numa linha de montagem. Não é o produto de empregado anônimo que o fez para ganhar a vida. É a criação de uma mãe dedicada expressando seu amor.

O suéter é singular. Único de sua espécie. Não pode ser substituído. Cada laçada foi feita com cuidado. Cada fio foi selecionado com afeto.

E apesar de o suéter ter perdido sua utilidade, não perdeu nada do seu valor. Ele não é valioso por causa de sua função, mas por causa de quem o fez.

Isto deve ter sido o que o salmista tinha em mente quando escreveu: "Entreteceste-me no ventre de minha mãe." (Salmo 139:13)

Max Lucado em “O Aplauso do Céu”, Editora United Press Ltda., 1997 Campinas, São Paulo

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