sexta-feira, 9 de setembro de 2016

A FONTE DA FELICIDADE

Provérbios 13.19: O desejo que se cumpre deleita a alma; mas apartar-se do mal é abominação para os tolos.


Quando Agostinho filosofava a respeito do que consistiria de fato a felicidade do homem, com sua mãe Mônica e outros filósofos, eles concluíram que assim como o corpo é mais saudável, quando se alimenta corretamente das coisas materiais que lhe são necessárias, a alma se alimenta do conhecimento e da sabedoria, e chegaram à conclusão de que, quanto maior fosse este conhecimento e esta sabedoria, mais a alma estaria feliz e satisfeita.

Alguém entre eles lembrou que, entretanto deveria ser levado em conta a qualidade desta sabedoria e deste conhecimento, porque se fossem para o mal, não poderiam fazer de fato, qualquer bem à alma, e lhe trazer uma real felicidade. 

Somente no capítulo final do livro, Agostinho apresentou a conclusão de que Deus é a medida perfeita e plena que pode satisfazer a alma, que será tanto mais feliz quanto mais se aproximar da medida cujo padrão é o próprio Deus. 

Assim, apesar de ser verdadeiro o que o provérbio afirma, que a alma se deleita quando aquilo que deseja se cumpre, pois até mesmo o insensato fica satisfeito quando obtêm aquilo que pensa que lhe fará feliz, no entanto, realmente só contribuirá para o seu mal e perdição. 

Por isso o provérbio acrescenta, que para os tolos o ato de se afastar do mal é uma abominação, pois não têm qualquer desejo neste sentido, uma vez que se encontram escravizados a seus vícios e pecados, os quais, quando consumados lhes dão prazer carnal. 

Bem faremos então, em não sermos guiados por nossos sentimentos, vontades e emoções, senão pelos preceitos da Palavra de Deus, ainda que contrariem frontalmente os nossos desejos, pois nisto há a verdadeira felicidade, já que a rejeição do mal e a renúncia aos desejos pecaminosos do nosso ego, nos conduzirá a experimentar uma doce comunhão com Deus, a qual é o verdadeiro e permanente deleite da alma. 

A alma muito deseja, mas deve ser trazida em sujeição pelo Espírito Santo, e pelo nosso próprio espírito em comunhão com Deus. 

Silvio Dutra

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