quinta-feira, 12 de março de 2015

DIÁLOGO E SILÊNCIO

... tempo de estar calado, e tempo de falar;

Ecl 3:7b

A cada dia falamos menos. Não há tempo a perde com conversas. O diálogo, mesmo na família, é cada vez menor. Há pessoas que saem caladas de casa, entram no serviço caladas e, apenas, se dão o direito de responder as perguntas com breves respostas. Por que o ser humano está cada vez mais frio com o seu próximo? 

Por outro lado, as redes sociais registram cada vez mais um número maior de usuários. Nada contra. Mas o que acontece aqui é que o ser humano prefere amigos virtuais a realidade... Isso é um problema grave, já que amizades se fazem nas curvas do caminho, nas aflições da vida, no contato diário, não apenas nas palavras.

O Senhor Jesus sempre incentivou seus discípulos ao diálogo. O seu exemplo foi o de está sempre disponível e aberto ao diálogo. Diz a Bíblia que, muitas vezes, o mestre precisava se retirar, cansado, depois de horas de conversa. Mas nunca fugiu ao confronto, mesmo quando queriam testá-lo, difamá-lo ou acusá-lo injustamente. Jesus nunca optou pela indiferença ou desrespeito com o próximo. 

Homens, mulheres, crianças, carentes, necessitados, aflitos, doentes lhe procuravam, queriam atenção, cura, uma palavra... Jesus sempre atendia  a quem o buscava.

O  silêncio de Jesus  foi oferecido apenas uma vez. Diante de Pilatos. Quando homens e mulheres, lhe acusavam falsamente. Jesus nos ensinou que nossas palavras são importantes demais para serem desperdiçadas sem um propósito maior.

Que Deus nos ajude a entender que o nosso silêncio é importante em muitas ocasiões, mas que o diálogo deve ser estendido a quem nos cerca sempre que possível, sempre que nos for permitido transformar o mundo que nos cerca em um lugar melhor.

Fandermiller Freitas

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