sexta-feira, 19 de outubro de 2018

A RECOMPENSA DE FAZER O BEM

Um comerciante rico de Nova York, retornando à casa numa tarde fria, encontrou na soleira da porta uma criança pobre, descalça e banhada em lágrimas. Seu coração ficou cheio de compaixão. Tomou-a, alimentou-a e vestiu-a, e, juntamente com um cesto de alimentos e um cobertor, mandou-a para casa, dizendo-lhe que viesse a ele sempre que necessitasse de alimento, roupa ou combustível. A mãe, que era viúva, sentiu-se confortada, e sempre que a pobreza a atingia demais, a criança ia à casa do comerciante.

Um dia chegou chorando amargamente. Sua mãe havia morrido e ela não tinha ninguém que lhe valesse senão o bom comerciante. Este fez o enterro da pobre senhora e levou a filha para casa até que pudesse escrever aos parentes, porque a mãe se casara contra a vontade dos pais e estava deserdada. Os parentes então a tomaram do comerciante. Com o correr dos anos, sobreveio um infortúnio ao homem que havia sido misericordioso. A morte de seus familiares e a quebra financeira deixaram-no na pobreza e ao desamparo. Finalmente teve de ficar na rua.

Um dia sofreu um acidente e foi levado para o hospital. Isso foi noticiado pelos jornais, que fizeram um resumo de sua vida e infortúnio. Uma bondosa senhora leu a notícia e dirigiu-se para o hospital de Nova York, para junto do leito do pobre e velho homem.

A princípio ele não reconheceu nela a pequena que outrora ele auxiliara. Ela havia recebido boa educação, casara-se e vivia na abastança. Nunca esquecera seu primeiro benfeitor, mas não conseguira relembrar os seus traços até o momento em que leu a notícia no jornal. Levou-o para casa e cuidou dele durante o resto dos dias de sua vida, como se fosse o seu próprio pai. 

The Illustrator.

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