terça-feira, 12 de maio de 2015

JULGAMENTOS EQUIVOCADOS


"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" 

Mateus 11:28

Um famoso explorador inglês foi convidado para falar de suas aventuras na selva africana. "Vocês podem imaginar", disse ele, "pessoas muito primitivas que amam comer o embrião de certos pássaros, e fatias da barriga de certos animais? Pessoas que moem aquilo tudo formando uma pasta, passam tudo no fogo, e, então, juntam toda aquela bagunça lambuzada e gordurenta a um fluído mamário extraído de certos outros animais?" Quando os alunos se mostraram surpresos com tanto barbarismo, o explorador acrescentou suavemente: "O que eu acabei de descrever para vocês, é claro, é um café da manhã composto de bacon, ovos mexidos e torrada amanteigada."

Muitas vezes nós julgamos, também, com certo desdém, as pessoas que parecem ter costumes diferentes dos nossos. Nem percebemos que, o que achamos estranho nelas, é o que mais fazemos constantemente.

Não nos aproximamos e nem nos interessamos por aqueles que, por exemplo, têm uma religião diferente da nossa. Achamos seu culto impróprio, sua maneira de agir inconveniente, sua indiferença absurda. Não são como nós, que vamos todas as semanas à igreja, que ouvimos nossas músicas de louvor, que oramos antes das refeições e de dormir, que usamos camisetas com versículos bíblicos, que carregamos a Bíblia debaixo do braço. Não são espirituais como nós!

Mas, será que nossa religião é, verdadeiramente, a que agrada ao Senhor? Será que nós, mesmo indo à igreja e fazendo tudo que descrevo acima, não somos igualmente indiferentes à vontade do Pai? Não somos, talvez, menos religiosos e mais hipócritas que eles?

O apóstolo Paulo era diferente dos cristãos, perseguia-os e os levava cativos. Porém, era um escolhido do Senhor! O Senhor tinha planos para ele e, após ser alcançado pelo amor do Senhor Jesus, tornou-se um grande servo de Deus e um dos maiores missionários que o Cristianismo já conheceu. E os nossos amigos? Aqueles que julgamos não valer a pena investir? Não serão, porventura, escolhidos de Deus para grandes obras? Não seria importante continuarmos investindo neles?

Jesus disse que todos deviam ir a Ele. Não cabe a nós ajudá-los nesse encontro?

Paulo Barbosa

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