quarta-feira, 12 de agosto de 2015

MELODIA, OU APENAS BARULHO?

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine" 

1 Coríntios 13:1

Certa noite, um adolescente voltou cedo para casa após o ensaio do Coral Jovem da igreja. Seu pai ficou bastante surpreso. O rapaz jamais voltava cedo de qualquer coisa. Olhando por cima do jornal que estava lendo, o pai perguntou: "Por que você voltou tão cedo?" "Nós tivemos que cancelar o ensaio desta semana", disse o jovem. "O organista e o regente do Coral tiveram uma disputa terrível sobre como cantar "Amor Divino", então, nós encerramos por hoje à
noite."

Parece engraçado o fato de alguém discutir ao tentar passar uma mensagem de amor divino, mas, na realidade, é muito triste. De que adianta eu falar ou cantar o amor de Deus se este amor não existe em mim? O meu testemunho, ao falar do amor do Senhor, deveria transmitir paz e tranquilidade e jamais contendas e desentendimento.

Deus é amor e nós, como Seus filhos, devemos mostrar o que dEle aprendemos -- o amor. E o amor não exige direitos, não promove dissensões, não justifica atitudes egoístas, não provoca mal-estar. O apóstolo Paulo diz que o amor tudo sofre, tudo suporta. Quem ama oferece e não reivindica, serve ao próximo e não espera ser servido. Oferece o que tem e não espera recompensa.

O Coral Jovem daquela igreja dispensou seus participantes porque não houve acordo no cantar o "Amor Divino". Melhor seria se reunisse os "brigões" para que aprendessem o que significa o amor de Deus. Cantavam sem saber o que é louvar, se reuniam sem entender o que significa estar unidos, estavam entre os que pregam, mas, deveriam estar entre os que necessitavam ouvir a pregação.

Eles eram apenas metais fazendo barulho. Não transmitiam a verdadeira melodia celestial. E nós?

Paulo Roberto

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