domingo, 13 de outubro de 2019

ALERTA

Qual é o propósito de sua vida? Qual é sua grande missão, aquela que dá sentido a sua existência? Se você tem uma resposta para essas perguntas, acrescento ainda outra: o que falta para sua missão estar completada?

Na história de Naamã aparece uma menininha cativa. Separada dos pais, levada à força para uma nação estrangeira de hábitos e religião esquisitos. Diferentemente de outros cativos famosos, como José e Daniel, ela não chegou a galgar altos postos na hierarquia Síria. Nenhum biógrafo se demorou muito nela. Sua história é contada para as criancinhas como exemplo de como uma criança pode ser útil, mas não vai muito mais longe do que isso. Será que ela cumpriu sua missão? Será que sua vida teve um propósito?

Em outra ocasião aqui contei a história de uma amiga gaúcha que em um momento particularmente negro de sua vida, precisou fazer uma viagem solitária a Belo Horizonte; ela chegou à igreja central no dia em que havia toda uma programação voltada para homenagear um casal que havia falecido dias antes em um acidente aéreo. O sermão daquela manhã a tocou profundamente, arrancou lágrimas aos litros e lavou uma parte dolorida de sua alma. Além disso, ela foi notada, mesmo em uma igreja tão grande, por duas famílias diferentes em momentos diferentes; uma delas a levou para almoçar, outra para passear pela cidade e depois acordaram de madrugada para levá-la ao distante aeroporto de Confins.

Enquanto ficamos esperando algo grandioso acontecer, enquanto ficamos aguardando nos encontrar numa situação ideal para podermos brilhar, a vida vai acontecendo. Agora mesmo. Deus chama todos Seus filhos para trabalhar e lhes concede os mais variados dons e as mais variadas tarefas também. Há as grandes e há as pequenas também. Ele espera que estejamos prontos a responder sim a qualquer tipo de chamado, em qualquer situação. Para minha amiga deprimida, o sermão foi uma tábua de salvação, mas aquelas pessoas dispostas a identificar um rosto estranho na multidão e agir de forma solidária, inclusiva e terna foram as cordas que terminaram de tirá-la da escuridão em que se encontrava. Não é só o Pr. Bullón que faz o serviço de Deus, a pessoa que está ao lado daquela alma em frangalhos e a abraça é tão parte do corpo de Deus quanto o pregador.

Mas é preciso estar atento aos chamados dEle para sermos Suas mãos, Seus pés, Seus olhos, Sua voz mesmo agora, pelos caminhos que caminhamos distraidamente, esperando algo acontecer em um futuro longínquo...

Levi de Paula Tavares

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