quarta-feira, 22 de julho de 2020

HOSPEDANDO ESTRANHOS

Permaneça o amor fraternal. Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos.

Hebreus 13:1,2

Era uma noite fria e escura. O vento soprava fortemente e a neve caía. Conrado estava sentado ao lado de uma boa estufa, meditando a sós, enquanto sua esposa Úrsula preparava o jantar. De repente o silêncio foi quebrado por uma doce voz que cantava um hino, nalgum lugar fora, naquela noite fria.

"Para os covis fugiram as raposas,
E os pássaros voaram para os ninhos,
Mas eu aqui estou desabrigado,
Vagando sem repouso e sem carinhos."

Conrado olhou à esposa e com lágrimas nos olhos lhe disse: "Penso que deve ser a voz de uma criança, é tão doce!"

Sua esposa ficou tocada, pois havia perdido um menino não muito tempo antes. Assim, eles abriram a porta, trouxeram um pequeno errante, com a roupa rasgada, e deram-lhe de comer. O calor do aposento fê-lo desmaiar, mas com a bondade e carinho logo voltou a si e contou que era filho de um mineiro pobre, que queria que ele estudasse e se tornasse alguém. Por isso andava cantando para ganhar a vida enquanto continuava os estudos.

Pela manhã, decidiram oferecer ao rapaz que morasse com eles durante o tempo que estivesse estudando na universidade. Assim ele ficou até que decidiu entrar no mosteiro.

Como resultado do estudo de uma Bíblia que ele achou mais tarde, aquela pequena e doce voz desenvolveu-se numa voz forte que ecoava através do mundo cristão e esmagava o poder dos maus papas. Pois aquela noite, quando abriram a porta da casa para aquele pequeno, estranho e maltrapilho, fizeram-no para nenhum outro senão aquele que se tornou, posteriormente, o grande reformador Martinho Lutero. 

A.H. Cannon.

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