domingo, 5 de janeiro de 2025

TAMBÉM NÃO SEI POR QUÊ

Em sua primeira estrofe, um dos hinos que mais aprecio declara:

"Não sei porque de Deus o amor
A mim se revelou.
Porque razão o Salvador,
Pra si me resgatou".
(Hino 3777 do Cantor Cristão) 

O hino foi escrito por Daniel Webster Whittle (1840-1901). Durante a guerra civil norte-americana (1861-1865), ele teve amputado o seu braço direito e acabou recolhido a um hospital. Enquanto se recuperava, procurou alguma coisa para ler. O único livro que encontrou foi um Novo Testamento, colocado na mochila por sua mãe. O conteúdo lhe pareceu interessante, apenas isto. Pouco tempo depois, um enfermeiro o acordou para lhe dizer que um jovem moribundo precisava de alguém que orasse por ele. Como Whittle se recusasse a ir, o funcionário argumentou:

– Pensei que você fosse um homem de oração, quando vi você lendo a sua Bíblia.

Por fim, concordou. Levantou-se e se assentou na cama do jovem, que lhe pediu: 

– Ore por mim. Peça a Cristo para me salvar. 

Whittle mesmo narra a cena seguinte: "Eu me ajoelhei e segurei as mãos do rapaz. Em poucas e trôpegas palavras, confessei meus pecados e pedi que Cristo me perdoasse. Naquele momento, eu cri que Ele me perdoou. Então, orei com convicção pelo jovem. Ele se acalmou e apertou minha mão enquanto eu orava, confiante nas promessas de Deus. Quando me levantei, o rapaz estava morto, mas havia paz no seu rosto antes angustiado. Parece incrível, mas Deus usou aquele rapaz para me levar ao Salvador e me usou para lhe levar a confiar no precioso sangue de Cristo e receber perdão. Espero encontrá-lo no céu." 

ISRAEL BELO DE AZEVEDO

O EVANGELHO


sábado, 4 de janeiro de 2025

PROFESSOR ATEU EVOLUCIONISTA E ALUNO CRIACIONISTA

Anos atrás, quando eu ainda estava fazendo o curso de Ciências Biológicas na UFRGS, enfrentei o desafio que me pareceu o mais difícil de todo o curso. Estava cursando a disciplina de Evolução. Eu e outra colega éramos as únicas criacionistas na turma e, às vezes, saíamos bastante desanimadas das aulas. O professor apresentava muitas “evidências” da evolução em cada aula. Os argumentos eram bem construídos e ele apresentava argumentos criacionistas e os desmantelava em cada aula. Os argumentos criacionistas que ele apresentava para desmantelar pareciam frágeis e ridículos. Algumas vezes saíamos perplexas das aulas! Ele fazia provas do tipo argumentativo. Colocava algumas questões sobre o que era dito por criacionistas e tínhamos que responder às questões. O problema é que aqueles argumentos criacionistas não eram realmente bons e eu não podia defendê-los.

As pessoas nas igrejas achavam que era muito fácil desarmar os argumentos evolucionistas e não se davam ao trabalho de estudar o que era ensinado na universidade; acabavam combatendo a visão popular do que é a evolução. E era essa a visão que minha colega e eu tínhamos quando chegamos, totalmente despreparadas, ao nosso primeiro contato com a teoria da evolução ensinada nos meios acadêmicos.

Um dia cheguei em casa e comecei a falar com o Eduardo, meu marido, sobre o assunto, e resolvemos estudar teoria da evolução em mais profundidade. Eu precisava saber mais do que os meus colegas e, se possível, mais do que meu professor.

O professor fazia três tipos de avaliação da turma: uma prova escrita de cada área, um seminário feito em grupo em que era escolhido um dentre os assuntos propostos por ele e uma espécie de resenha de algum artigo ou capítulo de livro. A resenha era a última tarefa a ser entregue antes do fim do semestre e eu escolhi a introdução do livro texto que ele recomendou para a turma e para o qual ele tinha conseguido um preço especial, de tal forma que toda a turma o comprou, inclusive minha colega e eu.

Escolhi a introdução do livro porque ela dava uma visão panorâmica de tudo o que o livro ensinava sobre evolução. Rebati cuidadosamente um a um dos argumentos apresentados no capítulo, verificando o que cada capítulo que tratava do assunto aprofundava. Para essa tarefa, pedi conselhos para o meu marido sobre alguns assuntos.

O resultado é que nesse trabalho acabou até aparecendo uma fórmula da ação mínima, que o Eduardo forneceu para mim. Tudo isso aconteceu muito antes de o Eduardo realizar sua primeira palestra criacionista para a Sociedade Criacionista Brasileira.

No último dia de aula, quando eu estava saindo da sala, o professor se aproximou para conversar comigo. Ele me perguntou se eu tinha feito o curso de Física. Respondi que meu marido era físico. Ele parecia desconfortável e incomodado, mas ao mesmo tempo havia uma enorme curiosidade nos olhos dele.

Depois disso, cada vez que passava por ele nos corredores do Instituto de Biociências, ele me cumprimentava de um modo simpático.

Alguns semestres depois, minha cunhada, que também fez o curso de Ciências Biológicas na UFRGS, estava cursando a disciplina de Evolução. Naquele semestre, ele colocou o tema “Ciência vs. Religião” para ser escolhido entre os temas a serem apresentados em seminário pelos grupos. O grupo da minha cunhada escolheu esse tema.

Ela me disse que em certa aula uma aluna perguntou ao professor se ele acreditava em Deus. A resposta dele foi mais ou menos assim: “Bem, eu não acreditava, mas agora já não tenho tanta certeza. Tive uma aluna que entendia de evolução, ela respondia muito bem às questões da prova, mas não acreditava em nada daquilo, e ela me fez pensar.”

Essa experiência me fez perceber que não sabemos nada do que vai no coração humano. Quem pode saber quem está além das esperanças? Um professor ateu convicto que trabalha para destruir as convicções religiosas dos alunos?

(Maria da Graça Friedrich Lütz, bióloga e bioquímica)

O HOMEM QUE LUTA


quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

UM MENINO DE DOZE TALENTOS

"Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei." 

S. Mateus 25:21

- Fritz, venha cá imediatamente! - Era a voz do pai que chegava até o pátio onde a disputa da partida ia acesa.

- Para quê, papai? - o menino arriscou, na esperança de ganhar mais um minutinho de jogo.

- É hora do exercício. - A voz do pai era firme. Fritz sabia que tinha de ir. Relutantemente deixou os amigos e seguiu o pai para dentro da casa. Não é que Fritz não gostasse de praticar violino; ele gostava. Mas a verdade é que ele gostava muito mais de brincar com seus amigos do que percorrer as escalas do violino horas a fio; disto ele não gostava 

- Acho que agora chega, papai - ele se lamentou após a centésima vez em que repetia a escala de lá menor.

- Não, não chega, até que você consiga fazê-lo com perfeição.

Você nunca chegará ao máximo sem duro esforço.

Fritz Kreisler nasceu a 2 de fevereiro de 1875, no lar de um médico em Viena, Áustria. Seu próprio pai foi o seu primeiro professor. À idade de 7 anos Fritz deu o primeiro concerto. Foi-lhe então permitido frequentar o Conservatório de Viena, embora a idade mínima exigida fosse 14 anos. Aos 10 ele se graduou com medalha de ouro. Conquistou então mais honras em Paris. Aos 13 deu o seu primeiro concerto nos Estados Unidos.

Como o homem da parábola, Fritz não apenas multiplicou os talentos que possuía, mas foi ganhando novos talentos ao longo de sua vida, bem como adquirindo novas habilidades.

Pela altura dos 12 anos ele era um consumado pianista. Mais tarde, em sua adolescência, aprendeu a pintar. Tornou-se também um bom conhecido compositor, tendo escrito mais de 200 peças. Aprendeu a ler em 8 diferentes idiomas.

E você, jovem leitor? Que está fazendo com os talentos que Deus lhe deu?

"Os jovens precisam ser impressionados com a verdade de que seus dotes não são deles próprios. Força, tempo, intelecto - não são senão tesouros emprestados. Pertencem a Deus; e deve ser a decisão de todo jovem pô-los no mais elevado uso." - Educação, pág. 57.

É esta sua resolução? Se é, como Fritz, você verá seus talentos aumentarem, e um dia ouvirá o Mestre dizer: "Bem está."

The World Book Encyclopedia, vol. 11, PP. 307

DESTINO


quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

UMA OPORTUNIDADE PARA COMEÇAR DE NOVO

Deus conhece o caminho adiante. Não importa o tipo de decepção ou dificuldade, tristeza ou mágoa que você tem encontrado, Deus oferece uma oportunidade para começar de novo. Nos planos dele o pródigo ganham vestes novas, os cansados encontram forças renovadas, e os solitários encontram um amigo.

Suas circunstâncias atuais não terão a palavra final na sua vida. A todos os Noés do mundo, a todos os que procuram o horizonte em busca de um lampejo de esperança, Deus proclama: “Sim!” – E ele vem, ele vem como uma pomba, ele vem trazendo frutos de uma terra distante, de nosso lar futuro. Ele vem com a promessa de que pode fazer novas todas as coisas. Pela graça de Deus, você pode encontrar o caminho para a terra seca, pode observar as águas baixando e pisar em solo fresco. Com Deus como seu guia, você, sim, você pode começar de novo.

Max Lucado
Tradução por Dennis Downing
Em Inglês: “An Opportunity to Begin Again”

ANO NOVO