domingo, 20 de junho de 2010

O SACRIFÍCIO DO CALVÁRIO


Mateus 27.42. "Salvou os outros, a Si mesmo não pode salvar-se"

Salvou os outros, a Si mesmo não pode salvar-se" Mt 27.42. Esse foi as palavras dirigidas ao Cristo que morria, quando ficou pendurado em Sua cruz naquele "distante monte. Palavras de deboche, mas incorporando a própria essência da vida e morte do Filho de Deus, a própria essência dos tratos de Deus com o mundo, a própria essência do Calvário. "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito" Jo 3:16. Salvou os outros, a Si mesmo não pode salvar-se. Essa expressão engloba, em poucas palavras, toda a história do caminho do Deus-Homem na terra; desse modo, Ele manifestou ao homem caído a imagem ou caráter de Deus. "Nisso se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado Seu Filho unigênito ... para vivermos" 1 Jo 4.9. "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a Sua vida por nós" 1 Jo 3.16. O caráter de Deus foi revelado em Seu Filho; a natureza divina foi manifestada Naquele que era a "expressão exata do Seu ser". Resumindo: salvar os outros é próprio de Deus, recusando-se salvar a Si mesmo. Salvou os outros, a Si mesmo não pode salvar-se. Isso não significa que Ele não tivesse o poder e os recursos para salvar a Si mesmo. Pelo contrário, Ele tinha o poder, mas não iria usá-lo! Ele não pode salvar a Si mesmo porque é contrário à natureza divina salvar o ego à custa da perda dos outros.

A Si mesmo não pode salvar-se. Palavras impressionantes, pronunciadas como deboche e pelos lábios de pecadores que crucificaram o seu Salvador. Mesmo na tentação no deserto, essa lei da Sua vida foi manifestada; ali Ele não se alimentou, porque não podia alimentar a Si mesmo, mas mais tarde, alimentou os outros, uma multidão. Ele podia utilizar todo o poder da Divindade para abençoar os outros, para alimentar os outros, para salvar os outros; mas para Si mesmo, nada! Não usou os recursos divinos para salvar a Si mesmo num momento de fome aguda, para ter uma palavra menos de desprezo ou um golpe menos do açoite, e ser apenas golpeado com a mão. Assim devem ser os filhos de Deus conformados à imagem do Filho, para manifestar Seu caráter divino, como o Filho revelou a expressa imagem do Pai. "Salvou os outros, a Si mesmo não pode salvar-se".

Ó filho de Deus, Ele salvou os outros, mas a Si mesmo não pode salvar! Este deve ser o caminho para nós em cada momento de nossas vidas. Deus tem nos usado para libertar os outros. Outros vêm a você em extrema necessidade, e, com seu próprio coração partido. Você é solicitado a clamar pela vitória pelos outros que estão em angústia, quando você mesmo parece estar em angústia muito maior. No Calvário foi assim! Aquele que havia libertado outros do poder de Satanás foi entregue, como vimos, à fúria do poder das trevas. Aquele que havia realizado obras poderosas de Deus pelos outros, jaz em fraqueza nas mãos dos homens. Isso é o Calvário. Vida, poder, bênção e libertação para os outros, e nada para você mesmo, a não ser permanecer na vontade de Deus e aceitar das mãos do Pai tudo o que for do Seu agrado permitir que chegue a você.

Que possamos entender o grande Sacrifício de Cristo no calvário, em prol de cada um de nós.

Um comentário:

Miller disse...

Jesus Cristo esvaziou-se ao andar sobre esta terra e, por isso, foi um homem em sua essência e viveu como um. Mas seu coração nunca deixou de amar, de se inclinar para a bondade e a verdade. Ao morrer numa cruz Ele só podia salvar os outros porque era impossível se salvar, já que Ele não precisava de salvação.