segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O SINO DA INJUSTIÇA

Há uma história do tempo das monarquias que ilustra esta verdade: Um rei, famoso pela prática da justiça em todo o seu reino, colocou um sino numa torre, num morro bem visível. Qualquer cidadão que se achasse injustiçado, bastava puxar as cordas do sino para ter o seu caso julgado imediatamente. Mas o reino era tão justo que o sino caiu em desuso e a vegetação tomou conta da torre.

Um dia, para espanto de todos, o sino começou a tocar. Os oficiais, despachados imediatamente ao lugar, descobriram que um jumento velho, magro e abandonado, ao tentar comer o capim que cobria o pé da torre, puxava a corda e o sino tocava. Os oficiais, às gargalhadas, foram contar o caso ao rei. O rei não achou graça nenhuma. Mandou descobrir quem era o dono do animal.

O dono, um lavrador próspero, que costumava maltratar animais e empregados, foi levado diante do rei. A setença não demorou: "Este animal te serviu durante longos anos; agora, que não pode mais trabalhar, o abandonaste. Homem ingrato! Cuida deste animal o resto de sua vida.

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