A forma que Jesus orava era bem diferente da que as pessoas de sua época estavam acostumadas. Os homens preferiam orar onde se tornassem mais visíveis, como nas esquinas ou no átrio das sinagogas (Mt.6:5). Mas Jesus quase sempre orava em solidão e em lugares silenciosos, ensinando os seus seguidores a “entrar no seu quarto, e fechar a porta” (Mt.6:6). Primeiro, Ele despedia a multidão, e depois até os seus discípulos (Mc.6:45-46; 14:32,35); subia a um monte (Mc.6:46) ou se afastava para um lugar solitário (Mc. 1:35, Lc.5:16). Esperava a noite chegar, ou orava enquanto os outros ainda estavam dormindo (Mc. 1:35). Aprendemos de Jesus que não precisamos de espectadores quando oramos; é suficiente estar a sós com Deus ( Mt.6:6).
Mas Jesus também orava em alta voz (Mt. 26:39; 27:46- Eli, Eli, Lama sabactâni?; Lc. 23:46- “Então clamou Jesus: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”; João 11:41-42; 17:1ss).
Jesus levantava os olhos aos céus (João 11:41) especialmente quando dava graças ao partir o pão (Mt. 14:19). Tanto que os discípulos de Emaús o reconheceram neste ato (Lc. 24:30,31). Ele prostrou-se sobre seu rosto (Mt.26:39).
Em outras palavras, Jesus não tinha medo de formas exteriores fixas para usar quando orava. A forma externa jamais parece importante ao ponto de estabelecer regras para os discípulos. Ele gostava de orar nos montes, mas sabia que os montes não são necessários para adorar a Deus (João 4:21). Era-lhe natural levantar os olhos ao céu, mas Ele jamais tornou este ou outros gestos obrigatórios para os seus discípulos, como os maometanos e judeus o faziam. Em três vezes diferentes Ele se ajoelhou no Getsêmane na noite da traição, mas Ele jamais recomendou que os Seus discípulos o fizessem como um modelo para as suas orações. Ele queria evitar todas as aparências na oração, como faziam as pessoas de sua época.
O Seu trabalho diário era sustentado e fortalecido pela oração. Ele orava de madrugada e de tarde. Ele se ajoelhava. Ele punha as mãos à mesa e olhava para cima, para o Todo-Poderoso, antes de orar. Freqüentemente as Suas orações mais curtas eram as mais ardentes.
Você tem feito proveito deste importante meio de comunicação com Deus? Não importa o lugar, ou a forma, o que importa é se estamos conversando com nosso Deus regularmente.
Pr. José Roberto
3 comentários:
Para orar não é necessariamente ter um lugar fixo, mas voltarmos os nossos sentidos à Deus, não importando o lugar. O que realmente importa, é ter consciência da importância de orar.
Que bom que o nosso Deus nos ouve independente do lugar em que nos encontramos ou da forma que o buscamos. Ele lê o coração e assim consegue ouvir a petição de todo aquele que está contrito e abatido.
Que cada um de nós possamos estar sempre orando ao nosso Deus, não só para fazer pedidos, mas, para agradecer por tudo o que Ele faz por nós, e, que possamos lembrar, não importa o lugar e nem hora, o importante é falar com Deus.
Obrigado Senhor por ouvir as nossas orações e agradecimento.
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