No final da década de 80, acho que no ano de 1986, eu trabalhava numa agência bancária na cidade de Valença, estado da Bahia. E num belo dia do mês de junho, um empregado do bar do “seu” Júlio me procurou no banco, durante meu expediente, e trazia em suas mãos vários “vales” assinados por mim.
Eram vales de contas “penduradas” no bar, onde bebia com a turma após o expediente e a cobrança era feita “in loco” e o pagamento em dinheiro. Tinha esse hábito: bebia, pendurava a conta e autorizava o “seu” Júlio me cobrar todo final de mês.
Não lembro o valor total daqueles vales, mas lembro de que chegava a quase 18% do meu salário. Todo mês era assim, entre 15% e 20% do meu salário eram separados para as farras, as bebidas. Que absurdo!!!
Pagava a conta numa boa e no mesmo dia, após o expediente de trabalho, passava no bar e bebia algumas cervejas “renovando” a minha conta para o mês seguinte. E eu via muitos dos meus “amigos de copo” fazendo o mesmo: pagavam e renovavam a “conta birita”. E muitos o fazem até hoje, em todo o Brasil, em todo o mundo...
Na realidade agindo assim eu era um fiel dizimista do mundo, pois eu dava (ou rasgava) bem mais dos 10% que hoje, com alegria, damos de dízimos para a casa do SENHOR. Mas naquela época eu era, e muitos ainda o são hoje, dizimista do mundo!
Sidney Moreira da Silva
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