Olhemos, neste momento, para a montanha solitária onde estão cravadas três cruzes. Jesus está no meio. Ao Seu lado dois ladrões. O Mestre está a pregar o Seu último sermão. O Seu púlpito é uma cruz. O Seu auditório, apenas duas pessoas: dois homens que nunca quiseram saber nada de Jesus; dois ladrões que, em decorrência dos seus erros, estão ali, pendurados na cruz, à espera da morte.
Mas, porque razão estes dois ladrões foram castigados assim? Aqui há algo que precisamos entender. De Jerusalém saíam dois caminhos: um descia para Jericó que estava na parte baixa e o outro, subia para o Gólgota.
No primeiro caminho, quem ia para Jericó era frequentado por ladrões que se escondiam nas sombras da noite para matar, roubar e violentar. Daí surgiu a parábola do Bom Samaritano que nos fala de um homem que foi assaltado no caminho que descia para Jericó (Lucas 10:25-34).
O que esses homens que se escondiam nas trevas da noite não sabiam é que por terem descido para Jericó, teriam que subir para o Calvário, porque mais cedo ou mais tarde a sociedade os prenderia e seriam julgados e condenados.
Como era essa condenação? Eram condenados com a pena de morte, a pena de crucifixão.
Hoje, não podemos compreender plenamente o que isso significava. Na realidade a pena de morte por crucifixão não era tão simples como a morte na cadeira eléctrica, na câmara de gás ou por fuzilamento.
Esta morte era cruel, terrível, miserável – a pior das mortes. A sociedade tinha inventado este tipo de morte para vingar-se dessa gente ameaçadora e que colocavam a vida em perigo de pessoas inocentes. As pessoas cansavam-se!
Se roubarem o nosso carro, não ficamos irados?
Não sentimos raiva quando entram na nossa casa e levam os nossos bens? Não fica com raiva, quando essa gente a quem não fizemos nada de mal invade a nossa privacidade e matam os nossos queridos?
Por isso, a sociedade em Jerusalém, cansada dos abusos desses marginais, inventou uma morte cruel. E em que consistia a morte por crucifixão?
Deitavam a cruz no chão e sobre ela amarravam o condenado. Pregavam as suas mãos e pés. Mas ninguém morre porque alguém lhe fez dois buracos nas mãos. Se os pregos fossem colocados na cabeça, no coração, seria diferente, mas nas mãos o máximo que pode acontecer é sangrar.
Então, o objectivo desse tipo de morte, ao pregar-se as mãos e os pés, não era matar imediatamente, mas castigar da pior forma possível. Veja como isso acontecia.
Depois de pregarem o condenado, levantavam a cruz. Então as coisas começavam a ficar difíceis para o bandido, porque com o peso do corpo as carnes começavam a rasgar-se, o sangue começava a sair em torrentes e devido ao sangramento, o ladrão enfraquecia, ficava debilitado.
Durante quanto tempo essa pessoa ficava pendurada na cruz? A lei dizia que o seu corpo só poderia ser retirado da cruz depois de morto. E quanto tempo durava esse processo até à morte? Dependia da resistência do condenado. Alguns resistiam seis horas, outras doze horas, vinte e quatro horas. Alguns resistiam dois, três dias, sem comida, sem bebida e a sangrar. A única autorização era passar-lhe de hora em hora um pouco de vinagre nos lábios, mais nada.
Ali ficava ele pendurado. De dia o Sol queimava. Imagine o sangue a secar nas mãos, as moscas pousavam em cima do seu corpo ensanguentado e ele sem mãos para se mexer, defender-se. E, com a febre a aumentar, sentia muita sede...
Quando a noite chegava, o frio gelado como uma chicotada castigava o seu corpo ferido e seminu. Alguns contraiam pneumonia e morriam. Outros enfraqueciam lentamente, gota a gota.
Era uma morte terrível, porque além de se sentir intensa dor, o crucificado tinha tempo necessário para lembrar-se de toda a sua vida passada, de todos os seus erros. Chegava um momento em que ele não aguentava mais. Chegava a um momento em que ele gritava aos soldados lá em baixo: “Por favor, tenham piedade de mim, matem-me, matem-me, dêem-me o golpe final, não aguento mais!”
Mas os soldados diziam: “Não! Tu tens de morrer lentamente e lembrar-te de tudo o que fizeste no caminho de Jericó. Como roubaste, assaltaste, mataste gente inocente, pacífica e que nunca te fez nada. Morre aí, derrama a tua vida gota a gota.”
Agora eu quero que imaginem comigo o Calvário. Três cruzes lá na montanha. Dois tinham motivos suficientes para morrer; o do meio era o que mais tinha motivos, porque o da direita e o da esquerda pelo menos morriam somente por eles, mas o do meio morria pelos outros.
Uma das coisas impressionantes em Jesus é que ao nascer foi rodeado por animais (Lucas 2:6,7) e, ao morrer, por criminosos. Ao morrer, não escolheu ficar ladeado dos melhores cidadãos, dos homens mais ilustres. Não escolheu morrer rodeado por homens famosos, como artistas da TV, jogadores de futebol, políticos. Ao morrer, foi rodeado por dois bandidos. Porque foi deste modo?
Jesus foi sempre coerente. Quando esteve nesta Terra andou e com os excluídos da sociedade, os considerados pecadores. Quando lemos o Novo Testamento vemos que Jesus anda com ladrões, publicanos, prostitutas, a ralé, os párias da sociedade. Que mãe gostaria de ter um filho assim?
Lucas 15:2 “E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.” Jesus misturava-se com pecadores. Viveu entre pecadores. Mas o que mais nos impressiona é que quando morreu, escolheu morrer entre pecadores. Morreu cravado, pregado entre dois ladrões. Dois seres humanos em quem a sociedade tinha perdido toda a esperança de recuperação e por isso iam morrer.
Dois seres humanos selvagens, imorais, sem sentimentos, que passaram toda a vida no pecado. Ou se calhar desviaram-se do caminho certo? Até aos 17 ou 20 anos iam à Sinagoga com os pais! Depois zangaram-se com alguém na Sinagoga e foram-se embora!
Mas, Jesus parece que escolheu, (Gál. 1:4) porquê? “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10) Ele escolheu morrer entre os pecadores porque tinha uma missão. Queria transformar a vida daqueles homens. Aí estava a grandeza do ministério de Cristo.
* Viveu entre pecadores para os salvar,
* e morreu entre pecadores para os salvar.
Quando Se separava da multidão era unicamente para receber poder do Seu Pai e logo saía para pregar, transformar vidas e mostrar o amor maravilhoso do Pai.
Assim, nunca nos devemos esquecer de que o nosso Senhor Jesus que conhecia tudo, que sabia tudo, gastou a Sua vida para transformar pecadores e exalou o último suspiro acreditando nos piores seres humanos.
Isso quer dizer que o ministério de Cristo teve resultado? Sim e não! Não, porque um dos ladrões, olhou para Ele e disse: “Se Tu és o Cristo salva-te e salva-nos.” - “Se tu és o Cristo”- lembram-se do que Satanás disse a Cristo lá no deserto? “Se tu és o Cristo, lança-te ...” - Lembram-se do que os sacerdotes disseram? – “Se tu és o Cristo, desce da cruz.” E, agora, o ladrão disse: “Se tu és o Cristo, salva-te...”
O problema desse homem é que ele não sentia necessidade espiritual, estava consciente, apenas, da sua necessidade física. Não estava arrependido, não confessou. Ele somente queria alívio para a difícil situação em que se encontrava.
Esse homem mostra a realidade de todos os tempos. Milhões de pessoas seguem a Jesus simplesmente por interesses terrenos. Porque Jesus pode curar ou derramar uma bênção para encontrar um bom emprego, ou porque pode tirar o filho da miséria em que está a viver ou porque pode trazer o marido ou a mulher de volta.
São as motivações ocultas que muitas vezes trazemos no coração. Qual é a nossa motivação para seguir a Jesus? Pense no raciocínio do primeiro homem: “Se tu és o Filho de Deus, salva-me. Porque se me salvares, se me tirares da cruz, acreditarei que Tu és o Filho de Deus. Se tu me curares, saberei que tu és o Filho de Deus. Se não me curares, então qual é o mérito em Te seguir?”
Quer isto dizer que desejar ser curado é errado? Claro que não! Peça a Deus um milagre. Acredite no poder divino, mas não faça disso a motivação para seguir a Jesus. Quero segui-Lo sem esperar nada d´Ele. Quero segui-Lo simplesmente porque Ele me amou primeiro. E você?
Mas, porque razão estes dois ladrões foram castigados assim? Aqui há algo que precisamos entender. De Jerusalém saíam dois caminhos: um descia para Jericó que estava na parte baixa e o outro, subia para o Gólgota.
No primeiro caminho, quem ia para Jericó era frequentado por ladrões que se escondiam nas sombras da noite para matar, roubar e violentar. Daí surgiu a parábola do Bom Samaritano que nos fala de um homem que foi assaltado no caminho que descia para Jericó (Lucas 10:25-34).
O que esses homens que se escondiam nas trevas da noite não sabiam é que por terem descido para Jericó, teriam que subir para o Calvário, porque mais cedo ou mais tarde a sociedade os prenderia e seriam julgados e condenados.
Como era essa condenação? Eram condenados com a pena de morte, a pena de crucifixão.
Hoje, não podemos compreender plenamente o que isso significava. Na realidade a pena de morte por crucifixão não era tão simples como a morte na cadeira eléctrica, na câmara de gás ou por fuzilamento.
Esta morte era cruel, terrível, miserável – a pior das mortes. A sociedade tinha inventado este tipo de morte para vingar-se dessa gente ameaçadora e que colocavam a vida em perigo de pessoas inocentes. As pessoas cansavam-se!
Se roubarem o nosso carro, não ficamos irados?
Não sentimos raiva quando entram na nossa casa e levam os nossos bens? Não fica com raiva, quando essa gente a quem não fizemos nada de mal invade a nossa privacidade e matam os nossos queridos?
Por isso, a sociedade em Jerusalém, cansada dos abusos desses marginais, inventou uma morte cruel. E em que consistia a morte por crucifixão?
Deitavam a cruz no chão e sobre ela amarravam o condenado. Pregavam as suas mãos e pés. Mas ninguém morre porque alguém lhe fez dois buracos nas mãos. Se os pregos fossem colocados na cabeça, no coração, seria diferente, mas nas mãos o máximo que pode acontecer é sangrar.
Então, o objectivo desse tipo de morte, ao pregar-se as mãos e os pés, não era matar imediatamente, mas castigar da pior forma possível. Veja como isso acontecia.
Depois de pregarem o condenado, levantavam a cruz. Então as coisas começavam a ficar difíceis para o bandido, porque com o peso do corpo as carnes começavam a rasgar-se, o sangue começava a sair em torrentes e devido ao sangramento, o ladrão enfraquecia, ficava debilitado.
Durante quanto tempo essa pessoa ficava pendurada na cruz? A lei dizia que o seu corpo só poderia ser retirado da cruz depois de morto. E quanto tempo durava esse processo até à morte? Dependia da resistência do condenado. Alguns resistiam seis horas, outras doze horas, vinte e quatro horas. Alguns resistiam dois, três dias, sem comida, sem bebida e a sangrar. A única autorização era passar-lhe de hora em hora um pouco de vinagre nos lábios, mais nada.
Ali ficava ele pendurado. De dia o Sol queimava. Imagine o sangue a secar nas mãos, as moscas pousavam em cima do seu corpo ensanguentado e ele sem mãos para se mexer, defender-se. E, com a febre a aumentar, sentia muita sede...
Quando a noite chegava, o frio gelado como uma chicotada castigava o seu corpo ferido e seminu. Alguns contraiam pneumonia e morriam. Outros enfraqueciam lentamente, gota a gota.
Era uma morte terrível, porque além de se sentir intensa dor, o crucificado tinha tempo necessário para lembrar-se de toda a sua vida passada, de todos os seus erros. Chegava um momento em que ele não aguentava mais. Chegava a um momento em que ele gritava aos soldados lá em baixo: “Por favor, tenham piedade de mim, matem-me, matem-me, dêem-me o golpe final, não aguento mais!”
Mas os soldados diziam: “Não! Tu tens de morrer lentamente e lembrar-te de tudo o que fizeste no caminho de Jericó. Como roubaste, assaltaste, mataste gente inocente, pacífica e que nunca te fez nada. Morre aí, derrama a tua vida gota a gota.”
Agora eu quero que imaginem comigo o Calvário. Três cruzes lá na montanha. Dois tinham motivos suficientes para morrer; o do meio era o que mais tinha motivos, porque o da direita e o da esquerda pelo menos morriam somente por eles, mas o do meio morria pelos outros.
Uma das coisas impressionantes em Jesus é que ao nascer foi rodeado por animais (Lucas 2:6,7) e, ao morrer, por criminosos. Ao morrer, não escolheu ficar ladeado dos melhores cidadãos, dos homens mais ilustres. Não escolheu morrer rodeado por homens famosos, como artistas da TV, jogadores de futebol, políticos. Ao morrer, foi rodeado por dois bandidos. Porque foi deste modo?
Jesus foi sempre coerente. Quando esteve nesta Terra andou e com os excluídos da sociedade, os considerados pecadores. Quando lemos o Novo Testamento vemos que Jesus anda com ladrões, publicanos, prostitutas, a ralé, os párias da sociedade. Que mãe gostaria de ter um filho assim?
Lucas 15:2 “E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.” Jesus misturava-se com pecadores. Viveu entre pecadores. Mas o que mais nos impressiona é que quando morreu, escolheu morrer entre pecadores. Morreu cravado, pregado entre dois ladrões. Dois seres humanos em quem a sociedade tinha perdido toda a esperança de recuperação e por isso iam morrer.
Dois seres humanos selvagens, imorais, sem sentimentos, que passaram toda a vida no pecado. Ou se calhar desviaram-se do caminho certo? Até aos 17 ou 20 anos iam à Sinagoga com os pais! Depois zangaram-se com alguém na Sinagoga e foram-se embora!
Mas, Jesus parece que escolheu, (Gál. 1:4) porquê? “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10) Ele escolheu morrer entre os pecadores porque tinha uma missão. Queria transformar a vida daqueles homens. Aí estava a grandeza do ministério de Cristo.
* Viveu entre pecadores para os salvar,
* e morreu entre pecadores para os salvar.
Quando Se separava da multidão era unicamente para receber poder do Seu Pai e logo saía para pregar, transformar vidas e mostrar o amor maravilhoso do Pai.
Assim, nunca nos devemos esquecer de que o nosso Senhor Jesus que conhecia tudo, que sabia tudo, gastou a Sua vida para transformar pecadores e exalou o último suspiro acreditando nos piores seres humanos.
Isso quer dizer que o ministério de Cristo teve resultado? Sim e não! Não, porque um dos ladrões, olhou para Ele e disse: “Se Tu és o Cristo salva-te e salva-nos.” - “Se tu és o Cristo”- lembram-se do que Satanás disse a Cristo lá no deserto? “Se tu és o Cristo, lança-te ...” - Lembram-se do que os sacerdotes disseram? – “Se tu és o Cristo, desce da cruz.” E, agora, o ladrão disse: “Se tu és o Cristo, salva-te...”
O problema desse homem é que ele não sentia necessidade espiritual, estava consciente, apenas, da sua necessidade física. Não estava arrependido, não confessou. Ele somente queria alívio para a difícil situação em que se encontrava.
Esse homem mostra a realidade de todos os tempos. Milhões de pessoas seguem a Jesus simplesmente por interesses terrenos. Porque Jesus pode curar ou derramar uma bênção para encontrar um bom emprego, ou porque pode tirar o filho da miséria em que está a viver ou porque pode trazer o marido ou a mulher de volta.
São as motivações ocultas que muitas vezes trazemos no coração. Qual é a nossa motivação para seguir a Jesus? Pense no raciocínio do primeiro homem: “Se tu és o Filho de Deus, salva-me. Porque se me salvares, se me tirares da cruz, acreditarei que Tu és o Filho de Deus. Se tu me curares, saberei que tu és o Filho de Deus. Se não me curares, então qual é o mérito em Te seguir?”
Quer isto dizer que desejar ser curado é errado? Claro que não! Peça a Deus um milagre. Acredite no poder divino, mas não faça disso a motivação para seguir a Jesus. Quero segui-Lo sem esperar nada d´Ele. Quero segui-Lo simplesmente porque Ele me amou primeiro. E você?
Cruz - trazendo a arca
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