terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

SERPENTE ENTRE OS LIVROS

Certo dia um senhor na Índia foi para sua biblioteca, e tirou um livro da estante. Ao fazer isso sentiu uma pequenina dor no dedo, como uma picada de alfinete. Julgou que um alfinete fora espetado por alguma pessoa descuidada na capa do livro. Mas logo seu dedo começou a inchar, em seguida o braço, e então o corpo todo; e em poucos dias morreu. Não era um alfinete que estava entre os livros, mas uma serpente pequena e venenosa.

Há muitas serpentes entre os livros hoje em dia Elas se aninham na folhagem de algumas de nossas mais fascinantes literaturas; elas se enrolam em redor das flores cujo perfume envenena os sentidos. As pessoas leem e ficam encantadas com o enredo da história, com a perícia dos caracteres agrupados, pelo brilho das descrições, e dificilmente sentem a picada do alfinete do mal que se insinua. Mas ele dá a ferroada e envenena. Quando o registro das almas arruinadas for feito, sobre quantas estará escrito: "Envenenada pelas serpentes entre os livros!" Cuidemo-nos contra a serpente, e leiamos, apenas aquilo que é são, instrutivo e proveitoso.

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