domingo, 8 de novembro de 2020

APENAS OBEDEÇA

Certo navio procedia do Oriente e singrava nas proximidades do litoral da América do Sul. A viagem fora longa. O suprimento de água fora insuficiente e, aquela altura, acabou-se. Ali estavam, em pleno oceano, sem água potável, com a terrível ameaça de morrer de sede.

Felizmente, um navio de bandeira brasileira aproximou-se o bastante para que o barco em dificuldade pedisse por sinais: “Por favor, cedam-nos um pouco de água potável”. A resposta do navio brasileiro foi imediata: “Desçam os baldes onde estão”. O aflito capitão pensou em tratar-se de uma ordem descabida e repetiu o pedido. E, de novo, o sinal com as mesmas palavras: “Desçam os baldes onde estão”. Obedecendo ao sinal, um balde então foi baixado e mergulhou no oceano. Içado para bordo, o capitão tocou com eles a língua e constatou que a água era doce. O que não sabia é que estavam no centro da larga corrente de água doce, que a força das águas do rio Amazonas empurra para o Atlântico!

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