O pai de Marquinhos havia comprado um rolo de barbante a fim de poder amarrar seus sacos de milho. Então, ele disse ao garoto: “Olhe, Marquinhos, está vendo este rolo de barbante? Não quero que você mexa nele, está certo?”
Mas aquele barbante enroladinho fascinava Marquinhos e todas as vezes que o pai saía, o garoto tirava pedaços do rolo para brincar. O pai, às vezes chamava a atenção, mas não adiantava muito.
Passado algum tempo, quando um desses dias de agitação no trabalho, o pai de Marquinhos chegou em casa, no exato momento em que o menino concluía sua arrumação: o barbante estava esticado de um lado a outro. Ia do quintal ao muro do vizinho. Subia do teto da casa e descia ao chão. Para entrar em casa, era preciso arrancar os fios e abrir caminho. De repente, quando estava no meio da confusão, sentindo muita vontade de explodir, o homem parou, pensou: “Para que desejo todo o barbante? Deixe o menino brincar”. Disse-lhe a consciência.
E naquele mesmo dia, o pai chamou o menino e disse: “Marquinhos, sabe aquele rolo de barbantes (o menino corou), mudei de idéia. Você pode brincar com ele quando quiser. Tem mais, todas as ferramentas da garagem que marquei com a palavra “Não”, você pode mexer agora. Se for preciso posso comprar novas ferramentas, mas não poderei comprar um novo Marquinhos”. Nunca houve um amanhecer mais lindo do que o sorriso daquela criança. “Ah! Muito obrigado, papai”, disse Marquinhos.
às vezes, nós valorizamos demais as coisas que nos cercam, ao ponto de não pensarmos nas pessoas nem na alegria e felicidade que um bem pode proporcionar ao próximo. Isso é assim, porque nós nos concentrarmos demais no que não tem valor e esquecemos que podemos fazer alguém feliz apenas permitindo que usufruem um pouco do que temos.
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