A oferta de um animal para pagamento de pecados só seria aceita por Deus se: O animal fosse das primícias, cevado, criado à parte, puro, sem defeito.
Quando alguém criava um animal nessas condições, era natural que houvesse retribuição ao carinho dedicado. Haveria uma relação de amor entre o animal e seu dono. Dessa forma, quando era ofertado, a pessoa estava ofertando praticamente seu bichinho de estimação a Deus. Isto lhe contristava. Deus agradava-se da oferta, pois era uma prova de amor a Ele. Dolorida, para o homem (o ofertante). Em tese, deveria ser assim. O homem aliviaria-se de seus pecados pela dor sentida naquele sacrifício. Era um pagamento com sangue. O sangue de um animal para expiação de pecados.
Mas, na realidade não foi assim. Jesus expulsou do templo os cambiadores e vendedores de animais destinados aos sacrifícios. Aquele comércio invalidava a relação de amor do homem a Deus.
Quando Jesus ofereceu-se, Ele nos amou primeiro do que nós a Ele. Significa que Jesus nos aceitou na cruz em oferta de amor ao Pai. O animal também amava seu dono. Jesus amou-nos. No caso do animal havia uma transferência de estima: do homem para o animal e deste para Deus. No caso de Jesus, houve uma transferência de estima. Só que ao contrário. Deus em Cristo, Cristo em nós, visto que nos atraiu a todos (João 12:32) em sua morte e ressurreição e, nEle, recebemos o Espírito Santo. Revela que nosso bichinho de estimação deu maior amor, antes que nós o conhecêssemos. Não O criamos, Ele nos criou. Não O alimentamos. Ele nos alimentou. Não O ofertamos. Ele ofertou-se.
E ainda temos que aceitá-Lo?
Nós somos o Seu bichinho de estimação. Se O recebemos Ele entra em nossa casa e ceia conosco. Aceitar Jesus, não! Recebê-Lo, sim. Ele está à porta e bate. Convide-o para entrar em seu coração. Receba, não aceite. Ele não está implorando. Antes disso, pagou na cruz o preço de nossas vidas. Reconheça-se bichinho de estimação de Cristo e retribua-lhe o amor que nos deu.
Jesus fala: hoje me convém jantar em sua casa.
Você aceita ou recebe alguém para jantar em sua casa? Se aceita é porque há restrições. Se recebe é porque ama e tem prazer naquela visita.
Roberto Dias
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