Uma tarde, assentado sobre uma pedra, à beira do caminho, um pobre trabalhador esperava a volta de seu filho, que fora à aldeia próxima comprar um pouco de pão. A criança voltou, e quando o pai com a sua faca cortou o pão em pedaços, caiu de dentro uma moeda de ouro. O menino soltou um grito de alegria e, apanhando a moeda, exclamou:
– Papai, o senhor não terá mais necessidade de trabalhar tanto, porque agora temos dinheiro bastante para viver alguns dias.
– Meu filho, – respondeu o pobre homem – é bem possível que esse ouro tenha caído do bolso do padeiro quando amassava o pão; devemos restituí-lo.
– Mas, papai, – tornou o menino – se ninguém sabe, por que não podemos guardá-lo?
– Meu filho, eu comprei o pão e não o dinheiro que estava dentro dele, é por isso que ele não nos pertence. Se ninguém sabe, Deus vê tudo, não ignora e nos ordena restituí-lo. Se não somos ricos devemos ser honrados.
Dito isto, o pai pegou a moeda e foi entregá-la ao padeiro.
– Você é um homem honesto, pode guardar o dinheiro – respondeu-lhe este. – Esta moeda uma pessoa me deu há poucos dias e me encarregou de dá-la ao pobre mais honesto que eu conhecesse. É por isso que ela pertence a você.
O menino, então, abraçou o pai, dizendo-lhe:
– Nunca me esquecerei, papai, do que o senhor me disse: "É melhor ser pobre e honesto do que rico e desonesto."
O Juvenil.
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