domingo, 8 de junho de 2014

QUERIDA SOBRINHA.

Hoje, eu acordei me sentindo tão estranho. Havia um sentimento maltratando meu peito, uma sensação de abandono, uma vontade intensa de chorar. Algo bem maior do que eu possa descrever.

Lembro-me de Fernanda ainda criança, correndo entre nós com aqueles cabelos loiros, liso, a altura dos ombros, sempre acompanhada do Saulo, Yves, Mizrain e outros. Ela dominava os meninos com o seu poderoso jeito de ser.

Na verdade, nos conhecemos bem antes, quando ela era só um feto - Vi sua mãe gravida. Estive em sua presentação na Igreja, ouvi os votos feitos por seus pais e não tenho dúvida de que foram cumpridos.

Anos mais tarde,  encontrei com Fernanda no Pequeno Coração (grupo de louvor infantil da Igreja). Um dia, ela me disse: "ah! Tio (as crianças costumam chamar assim quem trabalha com elas) esse hino não! É de criança". Ela estava crescendo, já não era mais criança.

Trabalhei com ela em peças, impossível não mencionar a DOS TRÊS PORQUINHOS – Nandina era o lobo mal.

Depois quando casei com  Rodineia e ela passou  a me chamar de tio (ela adotou-me como tio). Lembro-me que em uma de nossas idas a Rio Branco ela me pediu pra fazer um almoço, como aquele dia foi especial! Ou em seu último aniversario, nós ali vendo-a sorrir de pura felicidade. A gente voltava para casa triste pela despedida, mas satisfeitos por fazê-la sorrir em em meio aquela luta.

Nandinha partiu cedo demais, aos 16 anos vencid
a pela leucemia. Viveu uma vida intensa, cheia de felicidade. Não posso esquecer de mencionar que ela encontrou o amor, na pessoa do Jonathan, a quem chamava carinhosamente de Querido John. Um amor verdadeiro e puro.

Minha querida Fernanda, resta a certeza de que você estará para sempre em nosso corações e de que em breve nos encontraremos novamente. Tchau, minha doce sobrinha.

Te amamos para sempre, de coração!

Fandermiler e Família

Um comentário:

DouglasPsilva disse...

é,não é facil...Só o Espirito Santo para Consolar nesse momento!!