Um garotinho de quatro anos de idade foi levado, das favelas de Chicago, para um orfanato. Depois de lhe haverem dado o banho e o terem aprontado para ir para a cama, à noite, quando a empregada lhe indicou o leito alvo e macio, erguendo os lençóis limpos e convidativos, ele fez um gesto de espanto, dizendo:
– A senhora quer que eu entre aí? Pra quê?
– Claro, pois é aqui que você vai dormir!
O pequeno arregalou os olhos. A ideia de dormir num lugar desses era para ele compreender. Nunca em toda sua vida, dormira em uma cama.
Foi posto carinhosamente no leito e a empregada lhe deu o boa noite com um beijo. E aquele pedacinho de dente tirou a mão de debaixo das cobertas e esfregou na face, para enxugar o beijo.
– Por que a senhora fez isso? - perguntou intrigado.
Mas na manhã seguinte se achegou para a empregada e lhe pediu:
– A senhora não quer fazer aquilo de novo - aquilo que me fez ontem à noite?
Nunca dantes recebera um beijo, nem sabia da existência de tal expressão de afeto.
Nunca dantes recebera um beijo, nem sabia da existência de tal expressão de afeto.
Uma semana depois, o garoto vinha para junto dela três ou quatro vezes ao dia e, com expressão de doçura, rogava: A senhora me quer amar um pouco?
Algumas semanas depois chegou ao orfanato uma senhora, desejosa de adotar um órfãozinho como filho, de maneira que a empregada lhe trouxe aquele garotinho. A senhora, fitando-o, disse:
– Tomazinho, você não gostaria de ir para minha casa? Ele ficou olhando para o chão. Tornou ela: - Eu lhe darei um cavalinho e uma porção de brinquedos, e você terá um tempo divertido, e lhe darei muitos passatempos interessantes.
O pequeno continuou fitando o chão, sem dar nenhuma atenção à senhora. Esta continuou falando, procurando persuadi-lo, e por fim o pequeno lhe fitou o rosto e disse:
– A senhora vai me amar, também?
Digo-lhes, amigos, há nesta historinha muito de patético, que nos fala eloquentemente do poder do amor.
1001 Illustrations.
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