“Que Deus lhe conceda do céu o orvalho e da terra a riqueza, com muito cereal e muito vinho. Que as nações o sirvam e os povos se curvem diante de você […].” (Gênesis 27.28-29)
Desejar a alguém boas coisas ou filhos obedientes e bondosos dificilmente seria considerado dar-lhe uma bênção, por causa da incerteza do resultado. Entretanto, o que Isaque deu a Jacó não eram palavras vazias nem bons desejos de uma pessoa para outra. A bênção de Isaque era definitiva e certamente aconteceria. Não era um simples desejo. Isaque realmente deu a Jacó algo, dizendo a ele, na verdade: “Tome os presentes que estou lhe prometendo com minha palavra”.
Dizer: “Desejo a você corpo e mente fortes e saudáveis” não significa muito. Contudo, se eu lhe desse mil reais e dissesse: “Gostaria que você recebesse esse dinheiro de presente”, seria diferente. Semelhantemente, Jesus disse ao homem paralítico: “Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa” (Mt 9.6). Se ele estivesse apenas desejando o melhor ao homem, teria dito: “Pobre homem, eu gostaria que você fosse saudável e forte”. Mas isso não teria curado nem fortalecido o homem enfermo. Aqueles bons desejos teriam pouco efeito.
A Bíblia não está cheia de bons desejos, mas contém bênçãos verdadeiras, que realmente acontecem. Nós temos esse tipo de bênçãos no Novo Testamento por meio de Cristo. Recebemos uma bênção quando o pastor diz: “Receba perdão pelos seus pecados”. Se ele dissesse: “Eu gostaria que Deus mostrasse favor e misericórdia a você, lhe desse vida eterna e perdoasse os seus pecados”, seria meramente uma expressão de amor. Em vez disso, ele diz: “Eu perdoo todos os seus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Essas palavras têm o poder de realmente perdoá-lo, se você crer.
>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.
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